Blogue

31-05-2015 08:38

Será o provérbio "Abril, águas mil" verdadeiro?

Pela análise e interpretação do gráfico acima apresentado e que representa a precipitação total ocorrida nos mêses de abril, nos últimos 20 anos podemos afirmar que o Provérbio "Abril, água mil" não passa de um mito, pelo menos na atualidade.

Como se constata, quer pela tendência linear, quer pela média móvel, para além da elevada irregularidade no que toca à quantidade de precipitação ocorrida nos meses de abril, a quantidade de precipitação tem vindo a diminuir. No período em estudo, apenas em 5 dos 20 anos (1998, 1999, 2000, 2003 e 2013) a precipitação ocorrida registou valores acima da média aritmética do mesmo período (121,1 mm), todos os outros estiveram abaixo deste valor, com destaque para o abril de 2004 que registou apenas 20,1 mm de precipitação. 

 

Trabalho elaborado pelos alunos do Clube. 

30-04-2015 09:24

INTRODUÇÃO

Não há assunto mais em voga no léxico quotidiano. Fala-se do tempo (meteorológico) por tudo e por nada. Mas, não admira… ele intervém nos estados de humor, determina férias e saídas românticas, sem falar num sem número de expressões que invadem o nosso dia a dia.

Mas as sensações que o tempo desperta em cada pessoa não são iguais, muito menos condizentes com os dados reais medidos por aquela parafernália de instrumentos que nos dizem com rigor a temperatura, a humidade, a intensidade e direção do vento, a precipitação, …

Face a esta importância, quisemos saber se as sensações da Comunidade Escolar da EB Arqueólogo Mário Cardoso, face à facticidade do tempo meteorológico se afastam,  ou nem por isso, da realidade medida. Será este o nosso propósito.

Para tal começaremos por representar e analisar os dados de algumas variáveis climatológicas (nomeadamente, temperatura média, precipitação  mensal e dias com chuva e sem chuva, nos meses  de novembro e dezembro de 2014 e janeiro e fevereiro de 2015, correspondentes, grosso modo, ao inverno), estabelecendo um contraponto entre estes e os resultados de um pequeno inquérito realizado à Comunidade Escolar.

CONSTATAÇÕES METEOROLÓGICAS DO ÚLTIMO INVERNO

Comecemos por colocar algumas questões. Terá sido o último inverno mais frio do que é normal? Qual o mês que registou temperaturas mais baixas? Qual o mês em que ocorreu mais precipitação? Houve mais dias com chuva ou sem chuva durante este inverno?

Para responder a estas questões  iremos comparar os valores das variáveis climatológicas ocorridos  nos meses de novembro a janeiro (2014-15) com os valores das normais climatológicas da região de Braga.

Assim, verificamos que:

¨ Em termos globais, os valores da temperatura média no inverno de 2014-15 foram sensivelmente iguais aos da normal climatológica;

¨ A temperatura média neste último inverno, com exceção do mês de dezembro, em que a mesma esteve 1,7°C abaixo da média, foi superior ao normal nos restantes meses, correspondendo a uma variação de 0,1°C  em janeiro, 0,5°C em novembro e 1°C  em fevereiro;

¨ A precipitação foi, de um modo geral, menor em todos os meses (com destaque para janeiro que registou apenas 29 mm), há exceção do mês de novembro, tendo chovido, neste mês, mais 33% do que a média indicada pela normal climatológica.

¨ De um modo geral o nº de dias de chuva foi inferior ao nº de dias sem chuva (52 e 68 respetivamente), sendo que o mês de novembro registou maior nº de dias de chuva e dezembro registou maior nº de dias sem chuva.

CONTRAPONTO ENTRE A REALIDADE E A PERCEÇÃO

A realização de um inquérito foi a opção para fazer este contraponto. As questões colocadas visavam perceber se as sensações/perceções sobre o tempo meteorológico, verificado nos meses de inverno, estavam em consonância com os dados observados. O quadro 1 apresenta as questões (Q) colocadas e os respetivos resultados.

Trabalho desenvolvido por todos os alunos do Clube de Meteorologia.

20-02-2015 00:00

Visita de estudo ao Museu de Ciência da Universidade do Porto

No dia 20, os meteorologistas partiram á descoberta do Porto, para aprender mais sobre a cidade e sobre a Ciência.

Tudo começou na escola por volta 08:15h com uma breve viagem de carrinha taxista que nos levou até à estação de comboios. Às 9:45h partimos de comboio em direção ao centro histórico do Porto. Foi uma viagem bastante agradável. 

Quando chegamos ficamos logo impressionados com a estação de comboios de S. Bento pois era velha, mas muito interessante e rica em desenhos históricos. 

Começamos por ir ao Centro Comercial de Via Catarina, onde tomamos o lanche da manhã. Este tinha muitos pisos.

De seguida fomos ao mercado do Bolhão onde todo o produto é fresco e saudável. Vimos um amolador, que afiava tesouras e que há pouca população a trabalhar nela - uma profissão interessante!

       Quando saímos do mercado fomos à Torres dos Clérigos. Aí tivemos a possibilidade de ouvir um concerto de órgão, vimos o museu e subimos os seus 240 degraus e os seus 75 metros de altura, tudo para vermos a deslumbrante vista da cidade do Porto.

Depois, já com a barriga a dar horas, fomos comer no jardim da Cordoaria.                          

Seguidamente dirigimo-nos ao Museu de Ciência. Aqui vimos uma maquete sobre energias renováveis, também entramos num pequeno labirinto de espelhos que dava uma fantástica ilusão. Para além disto, entramos numa sala com muitas experiências para nós observamos e percebermos como é que funcionam alguns fenómenos físicos.

De seguida fomos a correr para a estação de comboios do Porto – o tempo passou depressa - mas felizmente chegamos atempo.

  Foi uma viagem fantástica e divertida!

Trabalho elaborado pelos alunos do Clube

                                                                  

 

 

 

 

 

 

 

Grupo "os meteorologistas" no centro comercial Via Catarina.

                                                                             

 Grupo "os meteorologistas" no Mercado do Bolhão.

                                                                    

Grupo "os meteorologistas" no Museu de Ciência da Universidade do Porto.

                                                                   

 Grupo "os meteorologistas" no Museu de Ciência da Universidade do Porto a observar uma maquete que funcionava à base de energias renováveis e representava, igualmente, os diferentes tipos de energias renováveis.

17-02-2015 15:04

Segundo a NASA1 2014 foi, a nível mundial, o ano mais quente desde que há registos  (1880), sendo que, os anos com temperaturas mais elevadas ocorreram nos últimos 10 anos, como se pode ver pela figura 1.

Está a verificar-se um aumento sistemático da temperatura da Terra, embora este aumento não se manifeste em todo o Globo. Este fenómeno manifesta-se sobretudo no Hemisfério Norte. Enquanto o Ártico está a ver regredir os seus glaciares, fruto do degelo, a Antártida está a ver aumentar as suas massas glaciares.

O que está, então, a causar este aquecimento global, sobretudo no Hemisfério Norte?

A resposta está num modelo económico, que caracteriza os chamados “Países Desenvolvidos”, cuja modo de funcionamento assenta  nos combustíveis fósseis.

A libertação de gases com efeito de estufa2 para a atmosfera está a alterar o sistema climático, na medida em que estes impedem que as trocas de calor entre a Terra e a atmosfera se façam normalmente. Com o aumento da libertação de gases com efeito de estufa, a atmosfera torna-se cada vez mais “opaca” à saída da radiação infravermelha, fazendo com que a temperatura da Terra aumente de forma sistemática (Figura 2).

 

Analisando o vídeo da NASA (NASA | 2014 Warmest Year On Record) constata-se que entre 1960 e 2012 as variações térmicas à escala global foram-se modificando, mostrando uma tendência clara de aumento da temperatura, sobretudo no Hemisfério Norte como se pode observar pelos momentos inicial (1957-1961) e final  (2009-2013) da distribuição da temperatura (Figuras 3A e 3B).

As alterações verificada corresponde a um aumento de 0,6°C acima da média registada ao longo do século XX e a um aumento de 0,8°C desde 1880. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(1) National Aeronautics and Space Administration

(2) O Efeito de Estufa é um processo que ocorre na atmosfera e que permite à Terra manter a sua temperatura constante (15°C) e em equilíbrio térmico. Sem este processo, a Terra apresentaria grandes contrastes térmicos, quer entre o dia e a noite, quer ao longo do ano.

 

Trabalho elaborado pelos alunos: João Silva, Maria João, Maria Beatriz, Catarina Leite e Maryana Gomes.

18-01-2015 11:26

A região de Bragança atingiu um recorde máximo de pressão atmosférica, com um pico de 1050 hPa, no dia 09 de janeiro, por volta das 10 horas. Esta anomalia barométrica registada em Portugal entre os dias 08 e 10 de janeiro tem dado origem a notícias e a conversas informais entre os mais curiosos.

Numa abordagem muito simples sobre o tema, tentaremos explicar a ocorrência desta anomalia barométrica.

A pressão atmosférica é, por definição, o peso (força) que o ar[ 1] exerce, por unidade de superfície (m2) sobre os corpos em contacto. A pressão média do ar é de 1013 hPa (ou mb). Quando a pressão é superior ao seu valor médio estamos perante altas pressões e vice-versa. Por regra, nas latitudes médias, em situação de altas pressões, a pressão raramente é superior a 1030 hPa, no Inverno e 1020 hPa no verão.

Uma particularidade do comportamento do ar é a de que, em situação de altas pressões o ar é descendente (Figura 1), proveniente da alta atmosfera, pelo que se trata de um ar mais frio e pesado.

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1| Circulação do ar num centro de altas pressões. Fonte: https://www.earthscienceeducation.org/UofU-GeogOfUtah/cb-WebTextLM-y12/LM08_y12_GeogUT_Ch08_Atmos_Arial12.htm

As baixas temperaturas registadas na baixa e média troposfera, neste período, sobretudo durante a noite, associadas a um anticiclone de bloqueio localizado a sudoeste do continente europeu, afetando particularmente a Península Ibérica, desde meados de dezembro, promoveu as condições necessárias para a ocorrência desta anomalia barométrica, que apresentou valores máximo de pressão, entre os dia 08 e 10 de Janeiro, em todo o país e com particular destaque na região de Bragança (Figura 2).

 

 

 

 

 

 

 

Figura 2| Valores horários da pressão atmosférica em Bragança, em janeiro de 2015 (das 00 UTC do dia 8 às 14 UTC do dia 10) Fonte: IPMA (https://www.ipma.pt/pt/media/noticias/newsdetail.html?f=/pt/media/noticias/textos/clima-extremo-press-012014.html)

 

Tendo em consideração a distribuição dos centros de pressão na região da Europa, no dia 09 de janeiro de 2015, às 00h UTC (Figura 3), constata-se que o centro barométrico de alta pressão localizado no Sul da Europa apresenta o seu núcleo, precisamente, sobre a Península Ibérica. Como a Península Ibérica funciona, em termos climáticos, como um mini continente, o efeito da continentalidade, ou seja, das elevadas amplitudes térmicas, típicas de estados de tempo como o que se constata, ampliou o fenómeno. Quase se poderia dizer que, o anticiclone atlântico “estava no lugar certo em tempo certo”, no entanto, os valores do anticiclone atlântico (agora localizado mais a sudoeste) continuam acima dos 1030 hPa, manifestando uma tendência de pressão acima do normal.

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 3| Distribuição dos centros de pressão na região da Europa, no dia 09 de janeiro de 2015, às 00h UTC) Fonte: https://www1.wetter3.de/Archiv/


[1] Composição molecular formada por 78% de nitrogénio (N2), 21% de Oxigénio (O2) e 1% de outros gases, entre os quais Árgon (Ar), com 0,934%.

 

04-12-2014 14:07

QUESTÃO-PROBLEMA: 

Como se classificam as nuvens?

As nuvens são das principais responsáveis pela existência da Meteorologia. Sem elas, não existiriam fenómenos como a neve, trovões e relâmpagos, arco-íris ou halos. Seria imensamente monótono olhar para o céu: apenas existiria o céu azul. Uma nuvem consiste num agregado visível de pequenas gotas de água ou cristais de gelo suspensos no ar. Umas são encontradas a altitudes muito elevadas, outras quase tocam no chão. Podem assumir formas diversas, mas são geralmente divididas em 10 tipos básicos, classificadas com base em dois critérios: a altura da base e a sua dimensão.

O primeiro sistema de classificação de nuvens foi proposto pelo é do naturalista francês Lamarck (1744-1829) em 1802, embora o seu trabalho não tenha sido reconhecido. Um ano mais tarde, foi a vez do inglês Luke Howard apresentar um novo sistema, sendo este aceite pela comunidade científica. Em 1887, Abercromby e Hildebrandsson generalizaram o sistema de Howard, sendo este o utilizado atualmente.

 

A atividade consistiu em fotografar as núvens, em dois momentos distintos (27/11 e 04/12 de 2015), para, numa 2.ª fase proceder à classificação das núvens.

Figura 2 - Reportagem fotográfica e classificação de núvens

23-11-2014 10:19

Questões-problema:

Como varia a temperatura ao longo do dia?

Para dar resposta à questão-problema usaremos como exemplo o dia 15 de novembro de 2014, em Ponte (GMR). Neste dia a temperatura variou entre os 8,2 °C às 24 horas (temperatura mínima) e os 14,6 °C, entre as 13 e as14 horas (temperatura máxima). Verificamos, assim, que as temperaturas mais baixas ocorrem durante a noite e as temperaturas mais altas ocorrem durante o dia, com destaque para o início da tarde.

O que justifica esta variação?

Esta variação é justifica pelo movimento da rotaçao da terra que è responsavel pela sucessao dos dias e das noites e pela variaçao da inclinaçao dos raios solares ao logo do dia natural (período em que o sol se encontra acima da linha do horizonte).  Ou seja, a ausência de luz solar durante a noite, impede que a Terra aqueça pela radiação solar neste período. A par deste facto, quanto maior for a inclinação dos raios solares maior é a superfície da terra a aquecer e, por isso, menor é a energia solar recebida por unidade de superfície, logo, menor a temperatura. A inclinação dos raios solares é mínima ao meio dia solar e máxima ao nascer e ao pôr do sol.

Assim, a ausência de radiação solar durante a noite e a variação da inclinação dos raios solares durante o dia natural explicam a variação da temperatura ao longo do dia.

Trabalho de Maria Beatriz, Catarina e Maria João (7.º E).

21-11-2014 08:13

Trata-se de uma OREGON CIENTIFIC Profissional Weather Station, Modelo WMR 180A

20-11-2014 13:51

Trabalho de Bárbara Lima e Mário Lima (7.º D)

Trabalho de Ana Carolina (7.º D)

Trabalho de Diana Martins (7.º D).

Trabalho de Alexandra Carvalho (7.º D).

Trabalho de Luís Borges (7.º D).

Trabalho de Simão Marques (7.º D).

Trabalho de Diogo Silva (7.º D)

15-11-2014 08:24

Questão-problema:

Como varia a temperatura ao longo do ano em Portugal?

Fonte: https://www.climate-charts.com/Locations/p/PO08546.php
 

Ao longo do ano, a temperatura varia entre os 9,3 °C e os 19,9 °C, registando-se os valores mais baixos no inverno e os valores mais altos no verão. A temperatura mais alta ocorreu no mês de julho, 19,9 °C e a temperatura mais baixa ocorreu nem janeiro, 9,3 °C .   

Podemos concluir que a temperatura aumenta nos meses de verão e diminui nos meses de Inverno. Nos meses de Primavera a temperatura é amena.  

 

Porque varia a temperatura ao longo do ano?

Em consequência do movimento de translação da terra, entre o solstício de dezembro e o solstício de junho a obliquidade dos raios solares vai diminuindo, o que faz com que diminua a superfície da atmosfera atravessada pelos raios solares, sendo também menor a superfície aquecida. Como consequência a energia solar recebida vai sendo cada vez maior, o que explica os valores de temperatura mais altos no verão e mais baixos no inverno.

 

Trabalho de José Pedro Araújo, 7.º D.

 

 

 

 

1 | 2 >>